O Pitbull surgiu no velho mundo, mais precisamente na Inglaterra. Contudo, desde o seculo passado a sua criação foi proibida em todo o Reino Unido. A medida drástica foi necessária porque diante de reiterados casos de ataques brutais a pessoas, a população demandou leis protetivas e duras para se sentirem seguras e se verem livres da ameaça sempre presente que o animal representa. Um dia a gente chega lá! Estudos e pesquisas, citados neste blog, provam que no caso destea animal e assemelhados, o que conta não é a criação. O que conta é o POTENCIAL OFENSIVO. Na maioria dos casos de "ataques inesperados" temos relatos dos criadores - espantados - dizendo: "ele era manso"..."nunca tinha feito isso". Diferente de outros cães, o ataque de PITBULL não se resume a uma mordida e dificilmente pode ser contido. Uma vez desencadeada a agressão ele não pára e vai até o fim. É para isto que ele surgiu, para atacar e suportar o pior e ele vai fazer isso sempre que tiver oportunidade...
Assim, são louváveis as ações que as autoridades Irlandesas estão tomando para proteger a população do perigo que um cão desses representa. E digo mais, tem que ser assim aqui no Brasil. Sempre digo que qualquer pessoa que tem nas redondezas de sua casa um cão desses sendo criado por algum vizinho, tem motivos mais que justos para se preocupar e exigir que as autoridades atuem no sentido de evitar que "acidentes" aconteçam. Vale a pena se antecipar e acionar a policia e o judiciário para evitar o pior.
Vejam na reportagem do Globo Rural:
A última apelação da dona do cachorro Lennox para salvar a vida do animal foi negada pela corte de Belfast, da Irlanda do Norte, na semana passada, apesar de toda campanha pública feita em torno do caso. Lennox vivia em uma residência protegida com cercas para que não fugisse, era castrado e tinha seguro. Dois anos atrás, esse cão considerado dócil por seus donos, foi levado de sua residência para o corredor da morte por ser considerado da raça pit bull.
O especialista em comportamento canino César Millan, apresentador do programa “O Encantador de Cães” no Animal Planet, se pronunciou contra a decisão tomada pela execução do animal. “Eu conheço o caso de Lennox. É uma decisão com que realmente não concordo. Minha equipe está trabalhando para encontrar uma solução melhor”, disse Millan pelo twitter.
Lennox foi tirado de sua casa em maio de 2010, depois de uma denúncia anônima que alegava que um cão capaz de “arrancar cabeças” morava na residência. O depoimento de um dos guardas que retirou o cachorro do local está sendo usado como indício de que Lennox pode ter um comportamento agressivo. O guarda alega que o animal pulou em cima dele e o empurrou com o focinho enquanto a remoção era feita.
Antes da denúncia e do depoimento, porém, nenhuma queixa alegando comportamento agressivo foi registrada contra Lennox. O cão servia de companhia para a filha deficiente de 11 de anos e a família alega que era manso e se comportava de forma impecável.
Na Irlanda do Norte, pela lei, é proibido ter um cão que pela sua constituição física possa ser considerado um pit bull. Se encontrados, cães com esse traços devem ser executados por serem considerados uma ameaça à sociedade, a não ser que se prove que não oferecem perigo, o que é raro. Testes físicos medindo o tamanho dos ossos da cabeça e das patas foram feitos em Lennox e concluiu-se que ele poderia ser classificado como pit bull.
Lennox está preso há dois anos aguardando que os processos acabem e que a sentença definitiva seja dada. Fotografias recentes do animal mostram que ele perdeu bastante pelo durante o confinamento, provavelmente devido a stress. A família entrou com diversos recursos durante esse período para tentar salvar a vida do animal. Além disso, uma petição online para salvar a vida de Lennox foi feita e já tem mais de 150 mil assinaturas. Uma casa provisória na Irlanda, onde não existe a lei contra pit bulls, também foi oferecida caso o cachorro fosse libertado.
Depois da decisão tomada na semana passada, porém, apenas um apelo em uma questão de direito nas próximas quatro semanas – ou um perdão – pode salvar Lennox. A data exata para execução ainda não foi marcada, mas a previsão é de que ocorra dentro de um mês.
(Por: Juliana Malacarne e Vinícius Galera de Arruda)
Fontes: BBC e The Guardian; Imagens: Reprodução/Facebook
ATUALIZAÇÃO: 25/06/2012
Cão é condenado à morte por se parecer com pitbull
Em 2010, o cão Lennox foi retirado da casa da família Barnes, em Belfast, na Irlanda do Norte, após uma denúncia.
Segundo a lei do país, é ilegal ter um cachorro com aparência de pitbull e o animal só pode ser salvo da execução caso seja comprovado que o "cão não trará risco para a população".
Porém, desde a aprovação da lei em 1997, apenas um animal conseguiu ser perdoado e salvo da morte.
Até ser capturado, Lennox era a companhia da filha deficiente de 11 anos de Caroline Barns e não havia nenhum relato de que o animal tenha sido agressivo com outra pessoa
Na última semana, um segundo julgamento do caso corroborou a primeira decisão da corte irlandesa e apenas uma questão de direito ou um perdão podem salvar Lennox na próxima semana.
A campanha pela salvação de Lennox já ganhou diversas páginas de apoio na internet, como uma petição online com mais de 160 mil assinaturas e uma página com mais de 60 mil "curtidas" no FACEBOOK.
http://f5.folha.uol.com.br/bichos/1110236-cao-e-condenado-a-morte-por-se-parecer-com-pitbull.shtml
6 comentários:
Olá! Encontrei seu blog por um acaso, mas de cara já me chamou a atenção. Adoro animais, e adoro especialmente cães, de todas as raças. Seu perigo potencial de várias raças, tais como o pit bull, e pessoalmente acho o senso comum um lugar mto perigoso...Tanto quem defende com unhas e dentes q no caso da referida raça é um doce e q o problema é o dono, qto quem deseja vê-la extinta por ser uma arma perigosíssima...Digo o por quê nos dois casos: 1. quem diz q o problema não é o cão e sim o dono: não se deve desprezar características temperamentais q cada raça possui, no caso de pit bulls e outras raças de porte (rotweilers, etc) existe sim um potencial q deve ser levado em conta, portanto donos experientes e extremamente responsáveis é q deveriam tê-los. 2. quem diz q o cão é uma arma: pra mim é o mesmo q dizer q carro mata, q faca mata, etc...vamos abolir os carros e as facas de nossas vidas? o mais complicado é q se trata de um ser vivo e não de um objeto. Sou a favor do sacrifício de cães q demonstrem agressividade tendo ou não atacado alguém. Mas também sou a favor da posse responsável. Não se é utopia, mas quem possui cães de perigo potencial deveriam ser monitorados constantemente a respeito das condições como esses cães são tratados. Sou dona de um bull terrier, considerado dócil e amigável, porém nunca deixaria ele deitado em meio a bebes só pra fazer fotinha, sair sem coleira, morar em casa sem proteção máxima para evitar fugas e mesmo a focinheira, q apesar de nunca ter demonstrado agressividade, nunca se sabe. Mas enfim, é só minhna opinião e sei q infelizmente, como diz Cesar Milan, existem mtos cães errados nas mãos de pessoas erradas! Abraços.
Olá Kátia. Obrigado por sua participação. Sinceramente me incomodam certas comparações do Pitbull com coisas inanimadas, como vc citou, e também generalizações ao estilo AVATAR ou AVATARIANAS, marcadas pela singeleza... onde "O SER HUMANO É O QUE DE PIOR EXISTE NO UNIVERSO". Mas o que quero enfatizar é que vc mesmo não concordando 100% com a base da tese aqui defendida - INVIABILIDADE DO PITBULL E ASSEMELHADOS PARA A CRIAÇÃO DOMESTICA - veio debater democraticamente o problema...é isso que também queremos! Obrigado
Tenho dois PiT BULLS, um de 8 e um de 6 anos que convivem tranquila e pacificamente com 20 gatos. Não tenho nenhuma preocupação de que ataquem um humano, a não ser que seja um desconhecido que entre sozinho no meu quintal, o que aliás, é exatamente a função de um bom cão de guarda.
Antes de criar um Pitbull tinha o mesmo medo que a maioria das pessoas, por conta é claro de toda a campanha existente contra a raça.
Por isso, desde o começo procuramos socializá-los o máximo possível e o resultado são cães dóceis e amorosos que encantam a todos que os conhecem, inclusive crianças.
Quanto a campanha contra a raça tenho a dizer o seguinte. Dizem os sábios que só devemos dizer uma coisa se o que formos dizer corresponder
a estas 3 regras:
1- É verdade? Você tem certeza? Comprovou como experiência própria ou simplesmente ouviu dizer?
2 - É necessário dizer?
3 - É para o bem? Comunica amor e sentimentos positivos ou intolerância, preconceito e ódio?
Pois bem... Como alguém que nunca criou ou conviveu com um PIT pode pretender falar com autoridade de causa?
POTENCIAL AGRESSIVO tem a maioria dos seres humanos, principalmente os de sexo masculino entre 15 e 30 anos ( que matam, roubam, estupram e estão aos milhares em noticiários todos os dias ) e nem por isso vejo campanhas pedindo seu extermínio.
Essa coisa toda contra os PITS me parece uma espécie de histeria coletiva. Generalizações são sempre muito perigosas.
E sinceramente, torço e rezo, para que nunca tenhamos no Brasil uma lei absurda como essa da Irlanda do Norte que tirou o dócil cão de companhia de uma menina de 11 anos e o condenou à morte e toda sua família a um imenso sofrimento somente porque o cão tem um porte grande e forte, já que nem mesmo é um PIT.
Eu não preciso inocular em mim o vírus do EBOLA para saber se a doença mata ou não. Determinadas conclusões são fáceis de se conseguir com o minimo de discernimento. Se bem que no caso desses animais as leis estão todas baseadas em estudos - os quais temos vários citados no blog - e no histórico de violência do animal. Do outro lado, geralmente, tem sempre gente que de alguma forma lucra com a desgraça alheia , calo, não ta nem ai para as consequências...normal. Boa sorte!
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