Achei interessante a matéria centrada nos ataques em minas...médicos relatando arrancamento de nacos de carne...e até perda de membros e a predileção do animal por regiões da cabeça e face de suas vítimas.
Perda de uma perna e desfiguração de vítimas...que mais ainda precisa acontecer? Mais mortes?
Tudo que foi mostrado se coadunando com o que defendemos há anos!!! Meras repetições de dramas urbanos exdrúxulos que só acontecem num país em que o cidadão é a última lembrança.
Achei legal a cara de sem graça da veterinária, que não conseguiu disfarçar o desconforto de tratar com a situação de extrema violência do animal.
Mais interessante de tudo, mesmo foi a dica do"expert" esperto de comprarmos EXTINTORES DE INCÊNDIO para nos protegermos dessas feras.
Em destaque imagens do parlamento inglês que baniu a fera que eles mesmos criaram em 1991 sob o argumento de: "ESSES CÃES NÃO TEM LUGAR EM NOSSA SOCIEDADE"...porque teriam aqui na nossa?
E muito instrutiva foi a participação da representante da Sociedade Protetora dos Animais, pedindo a castração dessas feras.
LINK:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1470927-15605,00.html
Vale conferir - da redação do Fantástico:
Enquanto o senado brasileiro discute uma lei polêmica pra cães ferozes, os ataques continuam a acontecer.
Rosane ainda tem pesadelos. “Eu sonho que o cachorro está grudando na minha perna. Esses dias eu dei até travesseirada na perna para espantar o cachorro, um cachorro que não existe”, conta Rosane Campos, dona de casa.
Luciana quase não sai de casa. “Eu era super supervaidosa. Eu gostava de me arrumar, de sair bem”, diz Luciana Corona.
As vidas dessas mulheres mudaram de uma hora para outra por causa de cães ferozes.
Rosane teve a perna amputada após ser atacada pelo próprio cachorro, em casa, em Salto de Pirapora, interior paulista. Ela buscava segurança, quando adotou um Pitt Bull, o acidente aconteceu menos de uma semana depois, no dia 16 de janeiro.
O cão tinha livre acesso à casa, tanto que, na hora do ataque, Rosane, a irmã e a sobrinha estavam comendo um lanche na cozinha, e o pitbull estava ao lado. Quando a menina se levantou para ir ao quarto, o cachorro a atacou. Rosane colocou a perna na frente para defender a criança. Ela e o pitt bull foram brigando até o corredor do lado de fora da casa.
“A hora em que ele viu sangue, ele queria mais sangue. Isso enfureceu ele”, conta Rosane.
“Enquanto ele não arranca aquele pedaço que ele pegou, ele não solta”, conta Luciana.
Luciana Corona foi atacada na casa do patrão, em Juiz de Fora, Minas Gerais. O cão também era do tipo pitt pull. Mais de dois anos depois, ela ainda não gosta de mostrar o rosto todo. “Ainda tem que fazer, reconstruir, ainda estou no bruto, até o refinamento tem muita coisa pela frente”, conta Luciana.
“As lesões causadas por pit bull são por arrancamento e, para nós cirurgiões plásticos reconstruirmos lesões por arrancamento, é sempre difícil”, conta Carlos Eduardo Leão, cirurgião plástico.
O médico é chefe do serviço de cirurgia plástica do Hospital João 23, em Belo Horizonte, referência nacional em traumatologia. “Essas lesões podem levar a problemas não só estéticos, mas também funcionais, como amputações de membros”, diz o médico.
Em 2009, o hospital mineiro atendeu 890 vítimas de cães de todos os tipos. No estado de São Paulo, a média anual é de cem mil casos, cerca de 11 por hora.
Mas os números mais preocupantes são outros. São os números referentes aos casos graves, em que a vítima tem que ficar internada no hospital. No ano passado, 509 pessoas foram operadas em todo o país por causa de mordidas de cães. No João 23, quase metade destes casos são causados por Pit Bulls. “O Pit Bull tem atração muito grande pela face e pescoço”, diz o médico.
“Se você está em vias de ser atacado, a orientação é ficar imóvel, proteger o ponto vital, que seria o pescoço, e não fazer contato visual com ele, não olhar nos olhos dele, que isso para o cão indica uma competição”, explica a veterinária Lilian Nascimento.
Pra interromper um ataque os especialistas sugerem que se tenha em casa um extintor de incêndio. “Se você vir uma pessoa sem atacada por um cão ou se você mesmo tiver como checar perto do extintor e acionar o extintor na cara do cão, ele vai te largar”, ensina Antonio Carlos Vale, adestrador.
“Eles dão uma parada e, às vezes, até correm do barulho e da fumaça do extintor”, diz a veterinária.
“O principal erro é correr, porque o cão vai caçá-lo e ele corre muito mais que a gente. Evite o cão, passe reto, procure se distanciar o mais rápido possível, sem correr”, orienta o adestrador.
No Brasil, um projeto de lei para regulamentar a guarda de cães ferozes, segue o caminho de aumentar a punição aos donos dos animais agressores.
O projeto original previa que todos os animais das raças pit bull e rottweiler seriam castrados, mas a proposta sofreu alterações e esse item foi retirado. O que levantou uma polêmica: afinal, esses animais devem ou não ser esterilizados?
O relator do projeto é contra. “O que não podemos fazer é especificar apenas uma raça, porque daqui a pouco surge outra raça e teremos que fazer outra lei para penalizar estar raça”, Afirma Hugo Leal, relator do projeto de lei.
Mas Isabel Nascimento, presidente de uma das principais entidades de defesa dos animais, a Suipa, defende a esterilização: “A esterilização faz, sim, com que o animal fique bem mais tranquillo, mas dócil e menos impaciente. E com isso vai diminuir bastante as agressões entre outros cães e pessoas”.